Vai meu amado,
não macule a tua honra,
por alguém apontada como rameira,
apenas pelo destino incerto,
no balcão de uma taberna.
Segue em paz teu caminho,
há muito já traçado,
honra o teu compromisso,
galga o degrau desejado,
esquece a ilusão deste momento.
Mas que em vão não seja,
a dor que meu peito dilacera,
entrega-te por inteiro,
a quem inocente tudo ignora,
frágil menina que só amor espera.
E esta dita rameira,
também seu destino seguirá,
só que traçado não está,
é o que me consola,
poder dentro de mim te guardar.
Vai, em paz siga,
não carregue culpa,
feliz seja,
só assim feliz serei,
e em paz viverei.
Luconi
11-07-17
Linda e instigante poesia e inspiracao,Luconi
ResponderExcluirBjs praianos,chica
É o que dilacera o coração, a separação, a traição, mas é saudável deixar partir o que não mais é amor
ResponderExcluirUma poesia amorosa que nos leva a muita reflexão do que fazemos com o amor em nossa vida... Sabemos a dose exata do respeito, da dignidade, da fidelidade que o mesmo merece?
ResponderExcluirAbraço.
Gosto de ler nos textos expressões como essa "rameira" que colocas em teu poema. Gosto porque representa a diversidade e a plasticidade de nossa língua, e conserva palavras talvez fadadas a desaparecer na homogeneização linguística que se vê na maioria dos textos da blogosfera. Parabéns.
ResponderExcluirQuando o amor acaba a partida é a melhor solução.
ResponderExcluirNostálgico e belo poema.
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco